Textos Especiais

Nesta página, você encontrará frases e textos de nossos colaboradores, em geral ex alunos. Acredito que será bastante inspirador, e as vezes até cômico. Participe você tambem, e ajude a espalhar esse sonho.

Recomende-nos nas redes sociais; basta clicar nos botõezinhos que ficam antes dos comentários, no final da página.

Texto 1

11 de março 2012 - Nayghel Vilanova
"Melhores amigos são irmãos que encontramos longe do ventre da mãe"
(ao conjecturar sobre os amigos que passam em nossas vidas)

Texto 2

17 de março 2012 - A. C. Leão
Sermão pregado num sabado, para pacientes de um hospital.


Hoje vamos analisar a história de dois personagens bíblicos importantíssimos. A primeira é a história de Davi.

A história de Davi e Golias é uma história bem conhecida por todos, mas hoje vamos analisá-la sob outra óptica. O povo de Israel tinha um inimigo muito poderoso que era Golias e ninguém ali sabia como fazer para vencê-lo, foi quando Davi se dispôs a enfrentá-lo. Para muitos, inclusive para Saul aquilo era loucura, pois humanamente era impossível um jovem tão pequenino derrotar um gigante. Vamos ler 1 Samuel 17:37.
Todos nós sabemos o final dessa história, mas vamos ler ainda em 1 Samuel 17 o verso 45. Aqui nós vemos qual foi a arma que Davi usou na batalha, a maneira como ele enfrentou o gigante. Na ocasião da batalha contra Golias Davi já era experiente em vencer grandes obstáculos. Já havia vencido um leão e um urso. O Segredo das vitórias de Davi era que ele deixava Deus atuar, deixava Deus comandar sendo ele próprio um mero instrumento de Deus para seu propósito.

O personagem bíblico que vamos analisar [agora] é Abraão. Em certa ocasião Abraão tinha um problema, ele precisava de um filho para ser seu herdeiro e Sara sua esposa já era uma senhora [idosa]. Deus havia prometido a Abraão que sua descendência seria tão grande como a quantidade de estrelas no céu. 

Deus estava no controle, mas Abraão quis dar uma “ajudinha” nos planos de Deus e resolveu gerar um filho com sua escrava Hagar. E até os dias de hoje as consequências dessa atitude de Abraão estão sendo sofridas; dos descendentes de Ismael surgiram os muçulmanos e dos filhos de Isaque o filho prometido por Deus surgiram os judeus.

Judeus dizem ter direito a terra prometida, pois são filhos da promessa e muçulmanos alegam que são filhos do primogênito por isso tem direito a terra santa.

Se lá no inicio Abraão deixasse Deus atuar no comando sem interferir nos seus planos a história do mundo teria tomado outro rumo.

Deus nunca nos disse que não teríamos problemas a enfrentar, em João 16:33 Ele nos fala: “no mundo tereis aflições”. Todos nós, assim como Davi temos leões, ursos e gigantes para enfrentar, nossos problemas constantemente estão nos desafiando, mas de que maneira estamos enfrentando nossos gigantes? Estamos fazendo como Davi ou como Abraão fez naquela situação? 

O grande segredo de Davi para deixar Deus comandar era sua comunhão com Ele. Davi era íntimo de Deus, ele falava com Deus o tempo todo, buscava Deus em tudo e em todas as coisas. Nós também temos que exercitar nossa relação com Deus para podermos identificar a voz dEle quando falar ao nosso ouvido.
Lá na história de Davi, Deus tinha um sonho [para] sua vida desde quando ele nasceu e o sonho dEle, os planos dEle é que Davi passasse por tudo isso para se tornar o grande rei que ele foi; Deus tinha um propósito na vida dele. Ele tem um sonho para a minha e para a sua vida.

[Vídeo]

Em qualquer situação temos que deixar Deus agir. Ele sempre tem um propósito para nós; por mais que não entendamos tenha sempre a certeza que Ele está no comando. Por maior que seja nosso problema, por maior que seja nosso gigante Deus vai nos ajudar porque o sonho dEle é que sejamos grandes homens, basta apenas deixar Ele comandar. 

Será que estamos deixando Deus comandar nossa vida? Estamos fazendo como Davi ou como Abraão?
Para finalizar vamos ler João 16:33. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

Enviado por A. C. Leão, em 17 de março de 2012.

Texto 3

Esta é uma colaboração muito especial, de um grande amigo, sr. Nayghel Vilanova.

É tocante; uma bela história de amor.

Foram feitas breves adaptações (indicada por colchetes) e um ou outro ajuste. Esperamos o ponto de vista da super Juliana.

Mantivemos a fonte original do arquivo enviado por email no dia 26 de abril de 2012; a publicação só foi feita agora (02 de junho de 2012) por questões de força maior.

Caso você queira conhecer o casal apaixonado, visite nossa página de fotos do IATAI, primeira temporada, postagem 154 e outras de 2004 e 2005.

Todos os que os conheceram no IATAI atestam a veracidade desta história.

Abraço a todos.

O belo casal, quando ainda estudavam no IATAI. Arquivo do blog.
Clique na foto para ampliar.


Ju...
É com muito gosto que perco essa noite de sono pra tentar expressar o que sinto por você.
Tudo começou no dia 02/02/04. Segunda feira, madrugada fria e chuvosa no Iatai. A primeira impressão não foi das melhores, mas foi só raiar o sol que eu soube que minha vida mudaria a partir daquele dia. O lugar era o melhor possível. Sem muitos conhecidos (2 exatamente), intenção de tomar um rumo na vida, angústia sendo usada como combustível e um lado um tanto carente a ser mostrado.
Tirei o primeiro dia pra me organizar e me informar melhor sobre o local. Conheci alguns amigos (e amigas) e tentei me adaptar. Mas foi no segundo dia que a magia aconteceu.
Fui chamado ao prédio escolar para arrumar um ramal defeituoso. Ao chegar lá algo (alguém) me chamou a atenção. Sentada em um banco esperando ser chamada para decidir qual seria o seu setor de trabalho estava uma linda garota. A encarei firmemente para poder observar melhor quando a mesma desviou o olhar (metida). Ela usava uma bermuda Jeans azul e uma camisa do pai dela com o número oitenta e poucos. Com pele clara (amarela) e cabelos tingidos e lisos (parecia um leopardo) pude reparar em seu rosto certo incômodo por estar sendo observada. Fiz o serviço e quando saí [ela] já não estava mais lá (espantei a coitada com um short azul de tactel ridículo).
No dia seguinte fui a primeira vez à aula. Cheguei sem muitas palavras e me sentei ao fundo. Reparando melhor a sala avistei novamente a garota de cabelo diferente (se destacava entre as outras) que estava com as amiguinhas (patricinhas) na primeira fila. No começo percebi que ela não foi muito com a minha cara. Tudo porque ao ser perguntado pelo nome, o professor tentou escrever sem sucesso o mesmo no quadro. Meu gesto de reprovação ao nome escrito errado foi respondido com um olhar de desprezo da garota a frente.
O tempo passou e logo tudo havia sido esquecido. Logo tínhamos amigos em comum e fazíamos trabalhos juntos (eu, ela e os amigos). Com o tempo tudo se soltava e a amizade, mesmo que ainda prematura, ia de vento em popa. Mas essa amizade era mais direcionada para um outro amigo, de papo mole, sorriso aberto, e que arrancava gargalhadas de encantar até os professores (imagine as patricinhas então). Logo tive a notícia que os dois estavam namorando. Não liguei tanto, pois até então não [havia] sentimento algum, a não ser pela beleza que encantava os olhos.
O namorado era muito parceiro, jogava bem o Futsal e era muito aberto com todos. O namoro ia bem até que o ciúme dos amigos (que eram muitos) começou a atrapalhar.  Na saída do trabalho passei pela quadra e avistei a garota acompanhada por um dos amigos (o Vaca. Lembra dele???) sentada em um dos bancos. Sentei-me também e logo começamos a jogar papo fora. O rapaz logo se foi e ficamos eu e a garota. Papo vai, papo vem e ela me surpreende com a seguinte pergunta afirmativa:
            - Você sabia que o Thiago (Tellexxxxxx) morre de ciúmes de você?!?!?!
            - Ele nunca me falou, mas da pra perceber.
            - Nada a ver não é? Somos só amigos (Lá vem o golpe).
Fiquei meio que sem graça na hora, mas algo me deixaria mais sem jeito ainda. O namorado (Tellexxxxxx) estava descendo pela passarela e nos viu juntos. Com um sorriso meio amarelo deu um tchau (de longe) e foi jogar Futsal.
Alguns dias se passaram e o namoro havia se rompido. Estava feito. O caminho começava a ser trilhado (por ela... É importante frisar bem).
Dias depois, ocorreu um incidente terrível. Briga com ameaça de morte e tudo mais.
Descontente com o resultado da primeira briga, o garoto que ameaçava, percebeu o grau de afinidade e foi [ao] encontro da garota para falar seu propósito naquele sábado de esporte noturno. O delinqüente (Danilo Nóia) então mostrou a faca que teoricamente seria usada para esfaquear o rapaz de boa família (não contavam com minha astúcia). A garota ao ver a faca saiu em prantos para avisar a terceiros sobre as intenções do futuro meliante.
Ao ser comunicado por terceiros fui a procura da garota que chorava para tentar acalmar os ânimos da pobre moça. Tudo acabou bem. O menor infrator foi expulso em menos de 1 hora e o dia se findou.
Com o incidente fui obrigado a me transferir de setor, e me surpreendi quando me disseram minha próxima ocupação. Paneleiro. Logo, comecei a pensar nos prós e contras da ocupação para decidir se iria ou não. Foi aí que um Pró pesou consideravelmente na escolha. A garota.
Quando cheguei à cozinha fui bem recebido por todos e instruído ao meu serviço. Trabalhei boa parte do tempo sozinho lavando panelas que passavam da altura dos joelhos. As panelas e utensílios eram intermináveis, e quando pensei que não acabaria mais fui agraciado com uma ajuda muito especial. A garota.
Ela com claras intenções (as melhores) começou a me ajudar e conversar fazendo com que o tempo e a louça fossem terminando. Em um determinado tempo da conversa ela me disse as seguintes palavras:
            - Tenho um presente pra você.
Com minha mente rápida e aguçada logo pensei no óbvio, quando pra minha surpresa ela me aparece com mais bandejas para lavar.
Em um pensamento alto soltei as seguintes palavras:
            - Pensei que fosse outra coisa.
Ela então (toda animadinha) perguntou o que eu havia pensado. Respondi que não era nada e tudo ficou por isso mesmo. Passamos alguns dias trabalhando juntos e firmamos uma bela amizade.
Dias depois fui pego de surpresa com a notícia de que ela não trabalharia mais por estar transferindo o plano de estudos para regular (patricinha). Por dois dias ela não veio e meus dias já não eram os mesmos; até que ela veio à cozinha com o pretexto de que estava devendo horas de trabalho, para ter minha companhia novamente. A chefa de trabalho logo percebeu as claras intenções da garota e falou que suas horas já estavam quitadas.
Vendo o esforço que a garota fazia para estar ao meu lado (tadinha), tomei coragem e quando ela estava prestes a sair fui ao seu encontro convidá-la para uma conversa mais formal.
Naquela tarde de 04/03/04, aproximadamente as 17h00min, nos encontramos para por um fim (início, de preferência) no assunto.
Ela estava muito envergonhada, e mal me olhava nos olhos. Conversamos por alguns minutos até que tomei a iniciativa de fazer o seguinte questionamento:
            - Você quer namorar ou ficar???
Ela então responde muito acanhada e com poucas palavras:
            - A primeira opção.
Foi assim que começou uma linda e maravilhosa historia de amor verdadeiro que desabrochou no coração da Amazônia Paraense, foi parar no Recôncavo Baiano e que não tem limites para crescer.
Quando digo que te amo, não falo por falar. Falo por sentir que te amo e por lembrar as barreiras e dificuldades que provaram a intensidade desse amor. Nossa história está apenas começando. E precisamos estar juntos para que esse final feliz seja eterno.

TE AMO.
Pra sempre... E sempre.                       Nayghel Alencar Vilanova
Observações:

Alguns fatos foram seccionados do conto acima por não combinar com o contexto de casal feliz.
Que fique claro também que o primeiro passo (e bem largo) para o sucesso do namoro foi dado pela garota.
É importante salientar também que após os 7 anos e 3 meses o rapaz de boa família passa bem.



Envie-nos sua história por email (osvanildosa@ig.com.br) para que a postemos aqui; reparta conosco as crônicas de sua vida!

Texto 4

18 de março de 2012 [Coração]

Um dia quem sabe você volte a me procurar e vai encontrar um coração calejado, cheio de cicatrizes, sofrido. Ocupado, ou talvez não. Um coração que não leva rancores apesar de tantas desilusões, que já chorou diversas vezes, mas que aprendeu a se erguer a cada queda e das lagrimas fez regar os sentimentos mais nobres que possam brotar no coração humano, das desilusões fez palavras para expressar todo amor que lhe foi negado. Um coração que fez da esperança sua filosofia de vida.
Talvez você encontre ali os sentimentos que a você foram ofertados e que por você também foram recusados, sentimentos que com o tempo viraram lembranças de uma época em que esse mesmo coração palpitava ao pensar em você. Mas acima de tudo um coração que sobrevive a cada desilusão e nunca desiste de buscar a felicidade.
A.C.N.


Texto 5
18 de março de 2012 [Destino]


Quando Deus criou o ser humano, Ele criou também alguém única e exclusivamente para controlar as pessoas, o DESTINO. E deu a essa entidade carta branca para mandar e desmandar no que quisesse em nossas vidas, o grande problema é que esse “cara” tem um senso de humor quase que irônico e às vezes entediado do cotidiano e da mesmice na vida de algumas pessoas resolve “mexer seus pauzinhos” e dar um pouco mais de tempero a essas pálidas e rotineiras vidas.

É assim quando resolvemos mudar de emprego, quando trocamos de curso da faculdade, mudamos de casa, mas principalmente quando nos apaixonamos. Não existe uma área que o tal destino não goste mais de trabalhar do que o coração, ah como gosta. Ou será que há uma explicação lógica para a paixão? Nunca ouvi nada satisfatório que traduzisse para o campo racional o que é dito pelo coração, é aqui que o nosso querido destino passa a maior parte do tempo trabalhando, brincando como se fossemos marionetes.

Sabe aquela pessoa que até ontem era uma pessoa normal pra você, mas que hoje sem saber por que você olhou diferente pra ela? Ou alguém que você acabou de conhecer e já sentiu o descompassado coração gritar quase que soletrando em câmera lenta A-C-H-E-I? E o que dizer daquele seu contato no MSN que sempre esteve lá e nunca tinha falado com ele, um dia sabe-se lá porque ele te fala “oi” e pronto, nunca mais pararam de se falar. Meu amigo, isso tudo é obra dele e do seu temível humor.

Lembra da vez que você encontrou sua cara metade? De tudo que você poderia estar fazendo naquele momento você estava ali, exatamente onde tinha que estar. Não foi obra do acaso, afinal o acaso nem existe, foi o destino que te pôs ali. Temos a terrível mania de por a culpa do que dar errado nele, logo ele que sempre quer dar mais emoção na vida que só atua para tirar a mesmice e a monotonia do nosso dia-a-dia. NÃO. Se não estiver dando certo pare de insistir e quando resolvemos continuar com tamanha teimosia ele age mais severamente. Quantas pessoas que amamos já nos deixaram? Quantas tiveram que ir embora?

O destino foi criado por Deus, é um ser celestial que nunca opera pra nos ferir e estar sempre visando o que é melhor pra nós; não adianta lutarmos contra ele, é em vão. Quando nada parecer dar certo, quando nossos esforços não forem suficientes pra manter quem nós queremos conosco, pare, ouça o que ele tem pra falar e faça apenas uma coisa, RENDA-SE.
A.C.N.

Texto 6 
18 de março de 2012 [Um dia a Gente Acerta]


Como se faz para tirar alguém do coração? Existe um procedimento recomendado? É feito alguma cirurgia? E quando precisamos esquecer alguém urgentemente existe uma pílula mágica que faz com que a pessoa suma rápido? Acho que não. Embora fosse tudo mais fácil se fosse dessa maneira ainda não existiu um gênio que formulasse um tratamento eficaz para esse tipo de doença, doença do coração que cardiologista nenhum pode curar, apenas o tempo que como canta Caetano Veloso “é o compositor do destino”.

Estar apaixonado é bom! Quando é correspondido; caso contrario meu amigo... ferrou de vez. Amar então nem se fale, existe coisa melhor do que amar e ser amado? Se existe ainda não me apresentaram, mas o problema é que para encontrarmos a pessoa certa que nos ame de fato é um processo muito complicado, arriscado e doloroso. Se levarmos em conta que uma pessoa (normal) casa uma vez na vida (sou conservador, e daí?) e tem pelo menos de três a cinco namorados pra poder escolher o cônjuge já somamos pelo menos 3 decepções, 3 sofrimentos. É claro que existem suas exceções, tem gente que acerta de primeira e tem gente que passa a vida toda e nunca acerta. Mas dizem que todo o sofrimento é compensado depois que se acha a tampa da sua panela (e eu até acredito nisso). 

Na verdade tem que valer a pena sim. Já imaginou como seria ruim se depois de tanto sofrimento, de tanto termos nossos sentimentos tratados como qualquer coisa, de tanto depositarmos nossa felicidade nas mãos de outro alguém e não recebemos o carinho desejado nos contentarmos com alguém que nos ame mais ou menos, pela metade ou que nos veja como premio de consolação? Não, Não! Tem que valer a pena sim. 

E é essa esperança de que a pessoa certa vale a pena que tem que nos mover, nos motivar a tentar cada vez que acharmos que encontramos a tal pessoa, mesmo que não seja ela. Uma hora a gente acerta. Então chegamos à conclusão que esses sofrimentos são necessários, pois seria muito fácil; se não soubéssemos o que é sofrer por alguém, não daríamos o devido valor quando encontrássemos a pessoa certa. As experiências com relacionamentos fracassados servem para exemplo de como não se fazer certas coisas, são indicadores de como se quer ficar com aquela pessoa, de tudo que vai se fazer pra que essa pessoa não saia de nossas vidas.

Então se esse sofrimento é necessário e se vamos encontrar alguém que fará com que tudo que se sofreu fique definitivamente no passado, vamos viver sofrendo até a hora que o senhor destino olhar pra a gente e dizer que chegou nossa hora de sermos felizes.

A.C.N

Texto 7 
27 de março de 2012 [Os Dragões]

0504053T

Isso foi há muito tempo, quando os dragões começaram a voar pelo céu. No início, os homens ficaram maravilhados, vendo suas acrobacias, seu vôo gracioso, como imensos abutres a rasgar o azul. Quiseram saber como eles eram mais de perto, acompanhavam-nos em seus vôos, procuraram seus esconderijos.
Logo perceberam que eram uma ameaça. Já era tarde demais. Eles já haviam tomado os céus, iriam tomar a terra e o comércio em breve entraria em colapso. As rebeliões começaram, mas foram esmagadas exemplarmente: sem vítimas... Entre eles; sem sobreviventes, entre nós.

Morremos aos milhares, aos milhões. Logo éramos tão poucos, que havíamos nos tornado insignificantes; até que ele veio. É como se estivesse sempre lá, mas nunca tivéssemos visto. É como se tivesse esperado aquele momento para fazer ouvir sua voz, e só nos tivesse deixado vê-lo agora que mais necessitávamos.
Ele liderou a revolta contra os dragões. Nos ensinou os "tiros certeiros", que salvaram a vida de muitos de nós. Poucos que éramos, os tiros certeiros nos faziam tão mortais quanto eles. Já não era apenas o nosso sangue que corria pelas ruas. Eles também conheciam o terror, agora.

Em breve, nossos olhos se avermelharam do sangue de nossos algozes. Não mais fugíamos; perseguíamos, trucidávamos, sem dó ou piedade, embora cada ataque nos custasse baixas. Morríamos satisfeitos, se soubéssemos que os demais companheiros terminariam o estrago que começamos.

Ele nos ensinou a fúria, o vigor, a cólera, o terror.

Foi quando entendemos que a guerra finalmente terminaria. Mas, faltava uma coisa. Os dragões deveriam deixar de existir, se quiséssemos paz. Ele nos fez entender que não seria possível exterminá-los de vez. Não seria bom... Havia um novo equilíbrio estabelecido, que não deveria ser quebrado. E os dragões poderiam ensinar às novas gerações o cuidado, o respeito, a necessidade de vencer, a perícia, a batalha.

Por isso, os dragões estão vivos até hoje, mas são tão poucos... que se tornaram inexpressivos, ... inofensivos?

O.S.A.
Texto 8 em construção

Comentários